É a perda involuntária de urina ocasionando efeito devastador sobre a qualidade de vida e auto-estima.
Para melhor entender a incontinência urinária, é importante saber como funciona o trato urinário e como nós controlamos a micção. A urina é formada por água e resíduos removidos do nosso corpo pelos rins. A urina excretada pelos rins desce por um par de tubos, os ureteres, até chegar na bexiga. A bexiga é um reservatório similar a um balão que armazena urina. Assim como um balão, a bexiga é elástica podendo ser enchida e esvaziada. Na maioria das pessoas existe completo controle sobre esse armazenamento e esvaziamento, ou seja a pessoa permite um enchimento de até 400-500 ml e depois esvazia a bexiga em um local adequado, sem que ocorram perdas nos intervalos.
Durante o esvaziamento a urina deixa a bexiga por um outro canal chamado de uretra. Para esvaziar a bexiga é necessário uma coordenação entre o músculo da bexiga e os músculos que fecham a uretra, esses músculos são chamados de esfíncteres e estão localizados na base da bexiga e na parede da uretra. Para uma pessoa urinar normalmente é necessário que haja um relaxamento do esfíncter para que ele libere a passagem de urina e simultaneamente uma contração do músculo da bexiga para expulsar a urina como uma bomba d’agua. Ao final da micção, os esfíncteres se fecham e a bexiga para de contrair.
Quando ocorre alguma disfunção na uretra (esfíncter) e/ou na bexiga, pode surgir a incontinência urinária. Desta forma podemos identificar duas principais causas para o surgimento da IU. A primeira relacionada com problemas da uretra e a segunda relacionada com problemas da bexiga. Problemas no fechamento uretral (esfíncter), em geral, levam a incontinência urinaria relacionada a esforços como tossir, espirrar, correr, levantar peso, etc. Dentre os problemas mais comuns relacionados com a bexiga, destacamos a bexiga hiperativa. Pessoas com bexiga hiperativa, em geral, apresentam uma diminuição da capacidade vesical, necessitam ir ao banheiro mais do que 8 vezes em 24 horas, acordam várias vezes para urinar a noite e tem urgência miccional (desejo súbito e imperioso de ir ao banheiro), sendo que muitas vezes não conseguem chegar a tempo e perdem urina no caminho.
A incontinência pode acometer pessoas de ambos os sexos e de todas as faixas etárias, sendo mais prevalente em mulheres do que em homens e em pessoas acima de 60 anos. A incidência de incontinência aumenta com a idade podendo acometer 20 a 30% das pessoas acima de 60 anos.
Um estudo na população Norte Americana estimou que 12 milhões de pessoas sofrem de IU naquele país. Estima-se que 200 milhões de pessoas vivam com incontinência ao redor do mundo e que entre 20 e 30 por cento das pessoas acima de 60 anos que vivem em ambiente domiciliar apresentam algum grau de incontinência. Entretanto, o número exato de pessoas acometidas pode ser muito maior do que as estimativas atuais, porque muitas pessoas não procuram ajuda por vergonha, por acharem que o problema é conseqüência normal do envelhecimento, ou ainda, por acharem que não existe tratamento.
É importante ressaltar que incontinência urinária tem tratamento e que várias formas de tratamento estão disponíveis. Um especialista qualificado pode recomendar o tratamento adequado para cada tipo de incontinência urinária. As formas de tratamento podem variar desde uma simples mudança nos hábitos higiênico-dietéticos até cirurgias complexas. Como exemplos de alternativas para o tratamento da incontinência urinária podemos citar:
Hoje no Brasil, homens e mulheres, com ou sem problemas neurológicos associados, têm disponível o que há de melhor no mundo em termos de tratamento da incontinência urinária, distúrbios da micção e distopias pélvicas. Procure um médico habilitado para aconselhamento.