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04/abr/2024

Os 5 tipos de problemas na bexiga e como eles se manifestam

Quando falamos sobre doenças no sistema urinário, em geral, a primeira coisa que vem à nossa cabeça é alguma patologia relacionada aos rins, e isso acontece porque existe um pensamento equivocado sobre a bexiga ser apenas um tipo de reservatório para a urina.

Porém, os problemas na bexiga são até mais comuns, e estão bastante relacionados a sua anatomia. A bexiga é um órgão oco que tem a capacidade de se expandir e contrair de acordo com o volume de líquido que ela acumula. Mas essa condição pode causar problemas quando acontece uma perda da capacidade de contração ou enfraquecimento dos ligamentos e músculos da região.

Então, dentre os vários problemas que podem afetar o sistema urinário, inclusive a bexiga, vamos citar os 5 tipos mais comuns e como eles se manifestam:

Bexiga caída

Afetando cerca de 20% das mulheres globalmente, esse fenômeno conhecido como prolapso vaginal ou cistocele se refere à queda da bexiga. Nesta condição, a musculatura e os ligamentos da região perdem sua força, resultando no deslocamento da bexiga para a cavidade vaginal. Em estágios mais avançados, a bexiga pode até mesmo se projetar para fora do corpo.

Os primeiros sinais da queda da bexiga incluem dificuldade para esvaziar a bexiga, urgência e aumento na frequência urinária, dor na região da bexiga, sensação de uma bola na vagina, desconforto durante as relações, peso na área pélvica e infecções urinárias recorrentes.

Cistite

Também conhecida como infecção urinária, estima-se que 60% das mulheres enfrentarão a cistite em algum momento de suas vidas. Essa condição é desencadeada pela presença de micro-organismos na região perineal que conseguem atingir a bexiga, desencadeando um processo inflamatório ou infeccioso.

Os sintomas da cistite incluem vontade frequente de urinar, dor na bexiga, ardor ao urinar, volume reduzido de urina, dor na parte inferior do abdômen, urina escura ou com presença de sangue, além de odor forte e febre baixa.

Síndrome da Bexiga Dolorosa

Mais prevalente após os 40 anos e mais comum em mulheres do que em homens, a cistite intersticial, conhecida como síndrome da bexiga dolorosa, geralmente é causada por doenças autoimunes, exposição da bexiga a substâncias tóxicas ou falhas na permeabilidade da parede da bexiga.

Os sinais recorrentes incluem urgência e aumento na frequência urinária, noctúria (vontade de urinar à noite), sensação de pressão e sensibilidade na bexiga, dor durante o ato sexual e no baixo ventre.

Bexiga Hiperativa

Afetando predominantemente as mulheres, especialmente após a menopausa, a bexiga hiperativa resulta de um mau funcionamento da bexiga, levando a uma redução em sua capacidade de reter urina. Isso resulta em uma necessidade aumentada de esvaziamento ao longo do dia, muitas vezes excedendo 8 vezes diárias, podendo causar dificuldades no controle da micção e episódios de escapes urinários.

Incontinência Urinária

Caracterizada pela perda de urina, independentemente da quantidade, ao longo do dia, a incontinência urinária é mais comum em mulheres, afetando cerca de 30% das mulheres com mais de 40 anos, especialmente após a menopausa. Além disso, casos de incontinência são observados após cesáreas ou episiotomias durante o parto. Geralmente, o problema se divide em duas categorias: incontinência de esforço e incontinência de urgência.

Qualquer sintoma de dor ou de desconforto na região não deve ser tratado de forma negligenciada, pois elas podem ser o sinal de alguma condição mais grave. Portanto, no caso de qualquer incômodo, procure seu médico urologista para fazer uma avaliação e diagnóstico mais assertivo, e assim iniciar o melhor tratamento em tempo hábil.

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