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Considerações Gerais:
Dentre os tumores urológicos, o câncer de bexiga é a segunda neoplasia mais frequente nos homens. Mulheres também podem apresentar câncer de bexiga, no entanto, a incidência em homens é 3 a 5 vezes maior que nas mulheres. O aparecimento desse tipo de neoplasia aumenta com a idade, sendo que menos de 1% dos casos ocorre em pessoas com menos de 40 anos de idade. O principal fator externo associado como fator de risco para o surgimento do câncer de bexiga é o tabagismo. Pessoas que fumam apresentam até 5 vezes mais chance de desenvolver câncer de bexiga do que pessoas que nunca fumaram.
Patologia:
O surgimento do câncer de bexiga ocorre devido a alterações no DNA celular, levando algumas células a iniciarem um processo de proliferação desordenado e incontrolável. Quanto maior for o grau de alteração dessa célula, mais rápido será o crescimento do tumor e maior será a sua malignidade. Os tumores de bexiga podem ser divididos em superficiais e invasivos. Os tumores superficiais são restritos a luz da bexiga, enquanto os invasivos invadem a parede muscular do órgão. Esses últimos são mais agressivos. O tratamento é baseado no grau de malignidade do tumor, na presença ou não de invasão da musculatura da bexiga e na presença ou não de metástases.
Sintomas clínicos:
Entre 70-80% dos pacientes com tumor de bexiga apresentam hematúria (sangue na urina) como apresentação inicial do problema. Aproximadamente 20% dos pacientes apresentam inicialmente sintomas relacionados com a micção. Desta forma, pacientes fumantes acima de 40 anos e que apresentam sangramento na urina devem ser investigados quanto a possibilidade de um tumor vesical.
Diagnósticos:
Uma vez que seu urologista suspeite da possibilidade de tumor vesical, alguns exames são necessários. Dentre eles:
Tratamento:
Caso não exista metástase, ou seja, tumor localizado apenas na bexiga, podemos, de maneira simplificada, dividir o tratamento dos tumores de bexiga de acordo com a presença ou não de invasão da musculatura desse órgão. Nos casos em que não existe invasão muscular, podemos realizar a ressecção por via endoscópica das lesões vesicais e acompanhar a evolução. Em alguns casos, existe a necessidade de aplicação de BCG (substância que gera uma resposta imune) intravesical após remoção das lesões. Por outro lado, nos casos onde existe invasão muscular, há necessidade de remoção mais extensa da lesão. Em geral, realiza-se uma cirurgia para remoção de todo o órgão, conhecida como cistectomia radical. Após retirada da bexiga, pode-se realizar a construção de uma neo-bexiga com alça intestinal para substituir a bexiga original. A decisão terapêutica dos tumores da bexiga leva em consideração muitas outras variáveis não explicitadas aqui, para que o texto não se torne complicado. Caso haja interesse em maiores informações, entre em contato com o Dr. Fernan