17/dez/2009
“Bexiga baixa” é um termo muito utilizado pelas mulheres quando apresentam perda urinária. Na verdade a perda urinária pode estar associada a “bexiga baixa”, mas na maioria das vezes ocorre sem a presença de uma “queda na bexiga”. Para tentar esclarecer as pessoas sobre esse assunto, respondo abaixo algumas questões freqüentes.
O que é a bexiga baixa?
Bexiga baixa é o nome popular que se dá para Cistocele. Cistocele é uma herniação da bexiga pela vagina. Ou seja, a bexiga tende a sair pela vagina.
Quais as causas?
Isso ocorre devido a uma perda da sustentação da bexiga feita por estruturas musculares e ligamentos dentro da pelve feminina. Geralmente está associado com gravidez, problemas durante o parto, idade e menopausa.
Quais os sintomas?
O principal sintomas é a incontinência urinaria. Mas, em estágios avançados a mulher geralmente refere a sensação de uma “bola na vagina”. Isso porque a bexiga está próxima do intróito vaginal.
Qual a faixa etária mais acometida pela doença?
Esse problema ocorrem mais comumente após os 50 anos de idade, podendo excepcionalmente acometer mulheres mais jovens.
Homens podem ter esse tipo de doença?
Esse tipo de problema não acontece com os homens.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico é feito com um simples exame físico
Qual o tratamento?
Em estágios iniciais pode ser realizado exercícios para melhorar a função dos músculos do assoalho pélvico, caso não melhore ou em casos mais avançados realiza-se cirurgia.
A bexiga baixa pode provocar outros tipos de doença?
Não, a bexiga baixa não causa outras doenças, mas existe uma tendência a progressão. Ou seja, a cistocele irá aumentar sua protusão pela vagina caso não seja tratada.
A bexiga baixa acarreta problemas na relação sexual?
Sim, a mulher pode ter algum grau de desconforto no momento da relação, mas o que mais incomoda é o constrangimento (vergonha) que o problema pode acarretar
Existe prevenção?
Até o presente momento, não conhecemos medidas preventivas eficientes. Mas pessoas que não tem uma assistência de parto adequado tem maior risco de desenvolverem o problema. Existem estudos tentando demonstrar que exercícios da região perienal poderiam diminuir o risco, porem ainda não existe comprovação que essa medida seja eficiente.
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Dr Fernando Almeida
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